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Anvisa emite alerta sobre Mpox em portos e aeroportos nacionais

Medida visa reforçar a resposta de prevenção à doença no Brasil; quase 1,5 mil casos confirmados ou prováveis já foram registrados

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começou a emitir alertas sanitários sobre a Mpox – antiga varíola dos macacos – nos principais aeroportos e portos brasileiros. Viajantes e funcionários já podem encontrar painéis informativos ilustrando os sintomas, além de orientações sobre o que fazer em caso de infecção.

Segundo a entidade, a medida visa reforçar a resposta de prevenção à Mpox no Brasil. Isso porque, em 2024, houve um aumento significativo de casos da doença. Ao todo, o país já contabiliza 1.495 infecções confirmadas ou prováveis – número superior ao registrado em todo o ano de 2023 (853). Outros 564 casos estão sob investigação.

A região Sudeste é a mais afetada pela Mpox, concentrando 1.163 casos (77,8% do total de infecções no país). Tal número é liderado pelo estado de São Paulo, que contabiliza 774 casos (51,8%), seguido do Rio de Janeiro (219 – 14,6%).

“Além dos avisos [nos aeroportos e portos], a Agência vem realizando outras atividades, como reuniões e palestras para trabalhadores das comunidades portuária e aeroportuária. O objetivo é intensificar as ações de identificação de casos suspeitos e o rastreamento de contatos nos pontos de entrada do país”, disse a Anvisa.

A Mpox voltou a ser classificada como emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em agosto deste ano. A decisão levou em conta o alto número de casos no mundo e a disseminação de uma nova forma do vírus, já confirmada na República Democrática do Congo, Ruanda, Uganda, Quênia e Burundi.

O que é a Mpox?

A Mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV). Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato próximo com pessoas infectadas, sobretudo por vias sexuais. O intervalo entre o contato com o vírus e o início da manifestação dos sintomas varia entre três e 16 dias.

Inicialmente, os sintomas da doença incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. Após três dias, o paciente pode começar a desenvolver erupções cutâneas.

De acordo com a OMS, o principal meio de prevenção é evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. No caso da necessidade de contato, como profissionais da saúde, deve-se utilizar luvas, máscaras e óculos de proteção. Também é recomendado que os infectados não compartilhem itens como toalhas, roupas e lençóis.

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